FX-2: A novela dos caças

Você provavelmente já ouviu falar sobre a concorrência aberta pelo Brasil para a compra de novas aeronaves de combate para equipar a Força Aérea Brasileira (F.A.B.) se não ouviu deveria sair da colheita feliz e do facebook e buscar um pouco de informação, mas se ainda não ouviu vamos tentar humildemente fazer um breve resumo do assunto que vem incomodando as potências de aviação por mover uma quantia respeitável que pode chegar a 4 Bilhõesde doletas! Da pra compra uns docinho no bar com essa grana, e em tempo de crises econômicas todas as concorrentes querem embolsar essa graninha.

Mas porque gastar tanta grana em caças ao invés de depositar na minha conta de investir em outras áreas? Hoje, a Aeronáutica dispõe de 110 caças, mas 90% deles, fabricados nos anos 70 e 80, estão totalmente ultrapassados. Os mais novos, doze Mirage 2.000, foram comprados de segunda mão e também já estão perto da aposentadoria. Comparada com a de outros países, a Força Aérea brasileira equivale a uma esquadrilha de teco-tecos. O Chile tem 28 caças F-16, o preferido pela operosa Força Aérea de Is-rael. A Venezuela, de Hugo Chávez, opera 24 Sukhoi 30, avião de combate russo que é um dos mais avançados do planeta. “Há quem diga que é desperdício gastar em caças, pois nenhum país atacará o Brasil. Quem pode prever uma coisa dessas? Em 1982, ninguém imaginava que a Argentina atacaria a Inglaterra nas Ilhas Malvinas. O mundo não é cor-de-rosa. Temos de nos precaver”, diz Gunther Rudzit, ex-assessor do Ministério da Defesa. De fato, o Brasil precisa mesmo renovar sua frota, obviamente não queremos iniciar uma guerra contra a Inglaterra talvez contra a Argentina mas no cenário mundial ainda conta muito quem tem o revólver com o cano mais longo ou no caso o armamento mais moderno. O Brasil é um país pacifista mas o resto do mundo não, o que nos obriga a ter uma força de defesa a altura do nosso status, mais vamos aos caças.

Os caças que estão na concorrência são: o Rafale, da francesa Dassault; o Gripen, da sueca Saab; e o F-18 Super Hornet, da americana Boeing. Lembrando que não somos especialistas em aviação, o post se refere a tecnologia, então entusiastas deem um desconto.

As diferenças decisivas entre os três caças são o preço e o modelo de transferência de tecnologia. O Gripen, o mais barato, custa 50 milhões de dólares. Ele ainda não é produzido em série e, para compensar esse fato, seu fabricante propõe terminar o desenvolvimento do avião junto com o Brasil. A proposta tem apelo para os militares, pois tornaria o país o 11º do mundo capaz de fabricar caças. A vantagem mais aparente do Super Hornet, que equipa os porta-aviões americanos, é ser um dos aviões de combate mais testados do planeta. Pesa contra ele até agora a negativa dos americanos de repassar ao Brasil o código-fonte do avião, o coração digital dos programas de computador que controlam a aeronave e suas armas. A decisão de entregá-lo depende do Congresso americano. O Rafale, da Dassault, é o mais caro. Cada unidade custa 80 milhões de dólares. Seu trunfo é justamente o fato de Paris entregar ao Brasil todos os segredos digitais do avião.

Essa novela já deu muito o que falar, o ex – presidente Lula havia afirmado que a preferência era pelos caças franceses, os militares se revoltaram já que o caça francês é o que menos apresenta vantagens tecnológicas porém a Rafale se compromete a transferir tecnologia porém, assim como a empresa sueca que também oferece o caça mais barato. Os americanos corriam por fora com seu modelo que além de não prometer a transferência de tecnologia desperta o temor dos militares brasileiros em relação a independência bélica para os ianques. A  recente notícia da reabertura das negociações para a compra de novos caças pela Força Aérea Brasileira (FAB) foi comemorada por um dos mais altos funcionário da equipe militar do presidente democrata Barack Obama, o secretário da Marinha, Ray Mabus. Em entrevista ao GLOBO, depois de reunião em Brasília com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, Mabus sinalizou que o uso progressivamente maior de biocombustíveis pelo robusto sistema de defesa americano pode pesar a favor dos interesses da Boeing, na disputa com o caça Rafale francês e o Gripen, da Suécia.

Mabus disse que os EUA mantêm a proposta inicial, mas acrescentou que os americanos estão determinados a permitir que, até 2020, metade da força da Marinha, com orçamento anual de US$ 150 bilhões e mais de 900 mil militares, seja movida por energia renovável.

– Se o F-18 for escolhido aqui, ele vai dividir a pesquisa e as aplicações práticas dos biocombustíveis. E eu quero dizer que a nossa relação de defesa com o Brasil é muito maior do que isso (a compra dos caças). Estamos contentes que o processo está aberto porque nós estamos absolutamente convencidos que o F-18 é a melhor aeronave – afirmou.

Sob o comando do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a disputa estava praticamente decidida a favor da França . Lula não escondia sua preferência pelo modelo Rafale. Já boa parte da área militar defendia, nos bastidores, o sueco Gripen, produzido pela Saab.

Mabus assegurou que é “absurdo” o receio que algumas pessoas têm, incluindo autoridades brasileiras, em relação à Quarta Frota no Atlântico Sul. Disse que a presença dos equipamentos não significa qualquer ameaça à soberania do Brasil. E revelou que os navios americanos na região podem ser usados em projetos de cooperação para combater o narcotráfico e o tráfico de armas.

O diretor da Saab no Brasil, Bengte Janér, disse que vê com naturalidade a decisão do governo brasileiro de rever o processo de escolha dos aviões. Para ele, a prorrogação da concorrência não vai alterar o quadro atual da disputa entre a sueca Saab, com os caças Gripen NG, a americana Boeing, com os F-18 Super Hornet, e a francesa Dassault, com os Rafale. Janér não acredita na inclusão de outras empresas nem em alterações profundas nas propostas já apresentadas.

O embaixador da França Yves Edouard Saint-Geours não quis comentar o assunto. Mas diplomatas franceses dizem que não há problema na decisão do governo brasileiro de rever a disputa pelos caças. O ex-presidente Lula e o ministro da Defesa, Nelson Jobim, deram sinais de que a proposta da empresa francesa, que inclui transferência total de tecnologia, era a que mais se encaixava nos interesses estratégicos do governo brasileiro.

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-Como o presidente Lula não tomou a decisão, a presidente Dilma precisará de mais tempo para estudar as propostas. Não é um adiamento – afirmou um auxiliar do embaixador.

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Boeing diz mais uma vez que assegura transferência de tecnologia

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A Boeing, concorrente americana na licitação do governo brasileiro para compra de caças, divulgou nota nesta terça-feira afirmando que está disposta a trabalhar com o novo governo para “entender suas prioridades e o que se quer alcançar com o programa”. “Dado que esses aviões terão um papel vital na defesa da soberania e dos interesses de segurança nacional nos próximos 30 anos ou mais, entendemos a importância da análise cuidadosa, não apenas da capacidade do equipamento, mas dos benefícios econômicos de longo prazo que cada competidor pode oferecer”, afirma a nota da Boeing, maior empresa de aviação do mundo.

A companhia americana destaca seu histórico para afirmar que “tem a capacidade e os recursos para cumprir suas promessas de transferência de tecnologia e os registros que provam isso”. Para sinalizar seu comprometimento com a transferência de tecnologia, ponto considerado crucial pelo governo brasileiro, a Boeing informa que aceita o envolvimento da indústria brasileira não apenas na produção do Super Hornet, mas também na “colaboração para as futuras variantes desta plataforma”.

A empresa americana afirma ter completado negócios com 40 países nas últimas três décadas, com 100% de sucesso no cumprimento de prazos.

Suecos dizem que não mudarão proposta

Fabricante dos jatos Gripen NG, a empresa sueca Saab informou que não deverá modificar sua proposta de venda ao Brasil, apesar de a presidente Dilma Rousseff anunciar que reverá a licitação para a compra de 36 caças. A porta-voz da companhia, Anne Lewis-Olson, disse que a revisão do processo não preocupa a Saab.

Custos menores para a compra e manutenção do avião sueco convenceram os técnicos da FAB, segundo o relatório da Comissão Coordenadora do Programa de Aeronaves de Combate, da FAB, que colocou o Gripen em primeiro lugar, seguido pelo F/A-18 e Rafale.

Na minha modesta opinião de leigo o Brasil deveria optar pela compra do Grippen que é um caça que com o desenvolvimento promete ser o único capaz de deter o F-18 americano, a Embraer é uma empresa capaz, nascida no país pai da aviação (o Brasil), com o desenvolvimento conjunto com os suecos nosso país pode se tornar uma das potências em aviação militar (que da uma nota preta), de quebra decreta a nossa independência dos franceses e americanos que empurram seus lixos militares reciclados e ultrapassados goela abaixo das nossas Forças Armadas.

Fonte: o globo \ veja \ lockgamer

 

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