GPU, placa de vídeo, acelerador gráfico, “plaquinha” ou seja lá como você quiser chamar, a Nvidia apresentou uma solução que pretende mudar nossa concepção de aceleração gráfica. O anúncio ocorreu  durante a GTC (GPU Technology Conference), o evento realizado pela empresa neste ano teve um grande foco em Cloud Computing (computação em nuvem) e uma das grandes surpresas foi o anúncio do GeForce GRID que traz uma proposta inovadora e que deve ter derrubado muitos executivos da cadeira. Para economizar linhas de termos técnicos e propaganda gratuita, em resumo a tecnologia promete levar games de última geração a TVs, smartphones, tablets com iOS, Android e outros dispositivos via streaming, apenas via conexão com a internet. Mas como, sem uma GPU? A proposta é essa.

Ao invés de utilizar aceleradores gráficos físicos, instalados em cada dispositivo a Nvidia quer utilizar servidores para processar e renderizar seus aplicativos e principalmente os games com o mínimo de latência (o famoso lag) possível para algo em torno de 160 milisegundos, menor do que o tempo de resposta de muitos servidores de Battlefield 3 que chegam a 230ms. Imagine rodar jogos pesados em seu tablet ou Smart TV se precisar gastar uma GPU caríssima, segundo a Nvidia isso será possível.

Apesar de parecer uma tecnologia da Área 51, a ideia já é antiga mas com o crescimento da computação em nuvem ela se tornou mais viável e interessante economicamente para as empresas que descarregam seus investimentos no setor, com  a GRID a Nvidia promete viabilizar os investimentos em servidores para estes serviços aumentado a eficiência energética (economizando na conta de força), diminuindo o “lag” a aliviando a peso em cima dos processadores.

Parece uma ideia incrível mas se pensarmos que será algo como assistir um filme que você controla em Full HD através de uma conexão com a internet a coisa muda de figura, pelo menos para moradores de vários países como o Brasil onde a conexão com a internet é… bom, vocês sabem não é? Se temos dificuldades em assistir um vídeo via streaming (ao vivo) com a sua maravilhosa conexão com a internet, seria um pesadelo. Fora o detalhe da conexão fica aquela dúvida, será um serviço mais econômico do que manter um console ou um PC gaming? Será também uma boa forma de combater a pirataria.

Apesar de algumas questões nebulosas este é um grande avanço e enquanto algumas empresas estão de cabelo em pé, algumas como a LG estão dando pulos de alegria já que suas Smart TVs deverão se tornar plataformas de games. E para provar que a tecnologia é funcional o pessoa do ZTOP postou um vídeo de Bulletstorm rodando em um tablet ASUS Transformer Prime utilizando a nova tecnologia da Nvidia:

Apesar de funcional a tecnologia ainda é uma proposta que para funcionar precisa da adoção de várias empresas do setor e principalmente dos consumidores, os benefícios são grandes, quem n’ao gostaria de jogar o próximo Crysis em sua TV sem precisar gastar rios em um PC de última geração? Mas não será fácil convencer os desconfiados e informados consumidores de que é um bom negócio, apenas o tempo e os preços do serviço poderão dizer, nós ficamos curiosos, e vocês?

Por: Lock Gamer / Info: Assessoria de Imprensa Nvidia Brasil