As atenções estão sempre voltadas para o alto desempenho, os produtos mais rápidos, poderosos e capazes de rodar tudo a taxas de FPS exorbitantes, de preferência na resolução mais alta possível. Tudo isso é mesmo muito bacana e nós adoramos mas infelizmente a realidade da maioria bate a porta e o que fica é só a vontade pois os preços costumam ser tão altos quanto a performance dos produtos, por isso as empresas sempre dão uma atenção muito grande ao segmento de entrada do mercado, para o hardware que equilibra preço e desempenho, que tenham o melhor “custo x benefício” pois todo nós queremos aproveitar o que os jogos tem a oferecer mas desde que possamos pagar. Com a chegada da nova geração de GPUs da série GTX 700 a Nvidia dá um grande foco em suas placas que tem essas características mas por algum tempo, assim como ocorreu na série GTX 600, as placas da geração anterior ainda serão muito requisitadas e é por isso que trouxemos o review da GTX 650 Ti Boost.
Todos querem pagar pouco
Na série GTX 600 a Nvidia lançou quatro modelos que atendiam bem o público que buscava uma placa com bom custo x benefício, são elas a GTX 650, GTX 650 Ti, GTX 660 e GTX 660 Ti, cada uma disputando espaço com os modelos concorrentes, mas ainda havia mais espaço nesse segmento e para fazer frente a HD 7790, o último lançamento da AMD no mercado de entrada na série HD 7000, a Nvidia nos pegou de surpresa e lançou a GTX 650 Ti Boost que apesar do mesmo nome do modelo que está logo abaixo utiliza o mesmo chip da GTX 660, o GK 106 com algumas diferenças que limitam um pouco seu rendimento em relação a própria GTX 660 e a colocam em uma posição interessante pois isso também significa um preço mais atraente.
Uma curiosidade é que mesmo tendo sido anunciada logo em seguida a HD 7790 e, assim como a placa da concorrente, ter sido colocada como uma solução para os jogos em Full HD, a GTX 650 Ti Boost se encaixa em um segmento um pouco acima disputando diretamente com HD 7850 e HD 7870 com quem possui mais semelhanças em relação ao desempenho e aos preços.
“Uma é pouco? Compre duas”
A GTX 650 Ti apresentou um ótimo desempenho e assumiu bem o posto deixado por sua antecessora mas apresentava um grave problema, a falta de uma conexão SLI que permite uma configuração de várias placas ligadas em conjunto no mesmo sistema, talvez tenha sido uma opção da Nvidia para barrar uma concorrência interna entre ela e os modelos top pois é interessante imaginar como seria a performance de duas ou mais GTX 650 Ti. Felizmente a Nvidia não impôs essa limitação a GTX 650 Ti Boost e é possível uma configuração SLI, isso abre uma possibilidade para aumentar a vida útil da placa, principalmente agora com a chegada dos consoles de próxima geração acompanhados de jogos mais exigentes, quando a performance da 650 Ti Boost chegar ao seu limite você tem mais uma opção, ao invés de optar por uma placa nova pode aumentar sua performance comprando mais uma placa idêntica ligando em um SLI “econômico” já que o custo x benefício e o consumo de energia é baixo e uma fonte de 650 W reais de boa qualidade deve ser suficiente.
Comportamento de “gente grande”
O grande atrativo da GTX 650 Ti Boost é conseguir unir a maior parte das tecnologias da Nvidia que são mais funcionais e oferecer um bom desempenho a um custo irresistível para quem não quer ou não pode investir em um sistema de altíssimo desempenho e elevado custo para ter uma performance boa nos jogos com os detalhes máximos. Com o lançamento da série GTX 700 o preço da GTX 650 Ti Boost caiu e assumiu o lugar da sua irmã menor se tornando cada vez mais popular entre os usuários, isso porque ao contrário da GTX 650 Ti ela está mais próxima das placas top de linha, se distancia dos modelos mais modestos e a incorporação de tecnologias como o GPU Boost a deixam muito próxima da GTX 660.
“O design tradicional”
O modelo testado foi o de referência enviado pela própria Nvidia no qual as fabricantes parceiras se inspiram para lançar seus modelos sem alterações que seguem os padrões de clock e o sistema de ventilação. Como já comentamos anteriormente, a GTX 650 Ti Boost tem mais semelhanças com a GTX 660 do que com a GTX 650 Ti, isso também é uma realidade quanto ao visual e o sistema de refrigeração, ela segue o mesmo padrão da GTX 660 e se não fosse a identificação nas embalagens seria fácil confundi-las, até as medidas são extremamente próximas. O Cooler é o adotado nos modelos referência das duas fabricantes nas últimas linhas, a aparência é mais agradável que da GTX 650 Ti e também é eficiente, os clocks mais elevados da GTX 650 Ti Boost não representaram um desafio para o contestado sistema de refrigeração, o que é um bom sinal para quem busca um modelo mais em conta sem os “extravagantes” sistemas de refrigeração dos modelos “especiais”. A temperatura da GPU também se manteve em níveis muito agradáveis, o que mostra a eficiência do sistema de refrigeração e do cooler, mas também devido a baixa quantidade de calor gerada pela placa. Se você também não for um dos maiores fãs do visual da GTX 650 Ti em seu modelo de referência pode optar por uma placa das parceiras da Nvidia que oferecem modelos com sistemas de refrigeração ainda mais eficientes, clocks maiores e um visual mais “agressivo”, como o modelo Direct CU II Top da ASUS.
Esquentada e meio “resmungona”
A GTX 650 Ti Boost compartilha o mesmo chip da GTX 660 mas não apresenta o mesmo desempenho, então seria de se imagina que ela com isso exigisse menos de seus componentes e consequentemente fosse mais fria, porém mesmo com temperaturas aceitáveis ela passou acima da média esperada para suas características e quando em iddle (para tarefas normais) seu ruído era um pouco alto, questões que podem ser facilmente resolvidas optando por um modelo com sistema de refrigeração personalizado das fabricantes parceiras mas prejudica a máxima de “custo x benefício” da GTX 650 Ti Boost.
GTX 650 Ti Boost ou uma placa da nova geração?
A dúvida que surge na hora da compra é válida, investir em uma placa da geração anterior ou em uma da série GTX 700. Normalmente a opção mais comum é comprar a placa da geração mais recente por conter as novas tecnologias e ser a última palavra em hardware, mas como a 650 Ti Boost se encaixa em uma faixa de mercado onde os usuários buscam um bom equilíbrio entre preço e desempenho ela ainda é uma opção interessante, mesmo frente a as novas GTX 700, isso porque ela possui praticamente todos os recursos de software e hardware da Nvidia como o PhysX e fica muito próxima a sua equivalente em preço na série GTX 700, então seria uma boa hora para optar pela GTX 650 Ti Boost enquanto ela está de saída, isso porque por aqui ela ainda deve durar um bom tempo nas prateleiras.
Onde a GTX 650 Ti Boost se encaixa?
A 650 Ti Boost veio para preencher uma lacuna deixada no segmento de entrada das placas de vídeo da Nvidia na série GTX 600, ela se encaixa entre a GTX 650 Ti e a GTX 660, então caso você queira pesquisar quais placas estão próxima a ela em questão de valores é entre esses modelos que deve olhar. As placas com a nomeação “Ti” (Titanium) tem uma reputação impecável no decorrer das gerações mais recentes da Nvidia e são responsáveis por colocar o desempenho de chips mais modestos no mesmo patamar de modelos superiores.
Com 2 GB de memória, 192-bit, GPU Boost, adaptive V-Sync, PhysX e mais um tanto de recursos que serão pouco utilizados como o suporte a até quatro monitores e a 3D, a GTX 650 Ti Boost é uma opção mais completa em relação a GTX 650 Ti perdendo para a GTX 660 apenas em alguns recursos dos quais você pode nem sentir falta e um pouco em desempenho, mas colocando na balança ela apresenta um custo x benefício superior as suas duas concorrentes caseiras.
Especificações técnicas
Como testamos?
Nós preferimos deixar os benchmarks com programas específicos e comparativos de desempenho para nossos colegas, aqui o assunto principal é o desempenho nos games. Utilizamos o FRAPS para medir o FPS (Frames por segundo) sempre em situação real, realizamos os testes enquanto jogamos e as temperaturas são medidas pelo GPU monitor, as médias obtidas são somadas e depois divididas pela quantidade de testes realizados.
Com o que testamos?
Componentes:
Placa mãe: ASUS Sabertooth 990FX Pro R2.0
Processador: AMD FX 8350 4.2 GHz (turbo) 4.0 GHz (stock)
Placa Gráfica: GTX 650 Ti Boost (modelo referência)
Memória: 16 GB DDR3 1333 Mhz (stock)
Disco Rigido: 500 GB 7200 RPM
Fonte: Seventeam 550 P.A.M 550 Watts
Monitor: Philips 24” (1920×1080, 5ms resposta)
Sistema Operacional: Windows 7 64 (Service Pack 1)
Conexão de Vídeo: DVI Resoluções – 1920×1080, 1600×900 e 1280×720
Versão do Driver de Vídeo: Nvidia driver 325.15
Entenda os números (FPS)
Optamos por realizar os testes utilizando alguns dos jogos mais “pesados” do mercado para que você tenha uma visão geral do desempenho, utilizamos sempre a configuração mais alta de que o jogo dispõe e com todos os recursos ativados. Entendemos que a média mínima de FPS aceitável para que a experiência de jogo não seja prejudicada é de 25 FPS, abaixo disso se torna praticamente impossível jogar, mas você deve prestar muita atenção antes de julgar o desempenho do produto testado, pois mesmo quando ele não é capaz de obter uma média acima de 25 FPS não significa que o desempenho foi ruim pois as placas de baixo custo, por exemplo, nem sempre são desenvolvidas para rodar os jogos em altas resoluções ou detalhes no máximo e sacrificam um pouco do desempenho em favor do baixo custo.
Avalie o desempenho
Sempre que analisar um review leve em consideração o foco de produto, se ele é ou não voltado a obter o máximo de desempenho ou se a intenção é equilibrar desempenho e custo. A compra de um hardware deve ser medida pelo conjunto custo x benefício, se a placa de vídeo ou processador em teste não é capaz de executar algum dos jogos testados “no máximo” pode ser possível uma melhora de desempenho desativando algum filtro ou diminuindo a resolução se o seu objetivo é obter um produto mais em conta, mas se está em busca do melhor ele deve ser capaz de executar os jogos com todos os filtros a uma média sempre acima do recomendado. Note que quanto mais desempenho um produto oferece mais caro ele será.
Crysis 3
Bioshock Infinite
Battlefiled 3
Far Cry 3
Tomb Raider (2013)
Metro 2033
Metro: Last Light
Dirt Showdown
O que nós achamos, vale a pena comprar?
Na faixa de preço onde a GTX 650 Ti Boost está ela compete com modelos da própria Nvidia que fizeram sucesso graças a seu “custo x benefício” que, se tratando do público para o qual ela foi desenvolvida, é algo muito importante. Diferente da 650 Ti que possui um bom desempenho em resolução Full HD (1920×1080) porém muito próximo do limite, a GTX 650 Ti Boost nos dá uma pequena “folga” para rodar os jogos com todos os detalhes no máximo sem se preocupar em quedas de FPS que possam prejudicar a experiência com “lags”, isso também garante que ela será capaz de encarar jogos de última geração por mais algum tempo sem que seja necessário começar a pensar em baixar os detalhes.
Por estar mais próxima a GTX 660 do que da GTX 650 Ti, a GTX 650 Ti Boost também é interessante para os jogadores mais avançados que tem algum conhecimento em hardware que poderão obter algum ganho com overclock além de garantir a possibilidade de um futuro SLI que é sem dúvida um dos mais interessantes na geração GTX 600 por ser a placa mais barata capaz de trabalhar nessa configuração, o que estende sua vida útil e garante desempenho por mais tempo, diferente de sua “irmã menor”.
Frente a nova geração de placas de vídeo para desktop GTX 700, a 650 Ti Boost ainda é uma escolha inteligente por possuir recursos de última geração também presentes na nova série e desempenho capaz de agradar os jogadores exigentes que querem um placa capaz de rodar jogos em Full HD com detalhes máximos e aqueles que buscam bom equilíbrio entre preço e desempenho, o que fica ainda mais atraente para quem utiliza resoluções mais baixas. Algo que merece destaque é que entre todas as placas testadas até o momento, a GTX 650 Ti Boost foi a que nos deu mais trabalho para encontrar um ponto negativo e, de fato, ela apresentou apenas dois, o que mostra como a Nvidia foi feliz no projeto, com certeza recomendamos essa que foi a última GTX 600 a ser lançada e fechou com chave de ouro a série.
Qualificação GOLD:
Produto recomendado:
Pontos positivos:
– Bom “custo x benefício”.
– Capaz de executar jogos em Full HD a boa taxa de FPS.
– Mesmo chip da GTX 660.
– Suporte a SLI.
– GPU Boost.
– Executa jogos com PhysX sem dificuldades.
Pontos negativos:
– Ruído em iddle.
– Temperatura um pouco acima do esperado.
Deixe a sua opinião
Queremos realizar testes que sejam uteis a maioria dos gamers, sejam eles hardcore ou apenas jogadores casuais, por isso precisamos da sua participação para fazer um review que contenha exatamente o que você quer saber sobre o hardware para facilitar na hora da compra ou nas comparações. Deixe sua sugestão, o que você gostaria que aparecesse em nossos testes?
Por: Lock Gamer















