Note que toda vez que acontece um crime envolvendo jovens vem a tona a questão dos jogos violentos e o quanto eles os influenciam a cometer assassinatos. Na ultima segunda-feira aconteceu mais um caso de violência em que o sargento da Rota, Luis Marcelo Pesseghini, sua mulher Andreia Regina Bovo Pesseghini, e o filho deles Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13, foram mortos em uma chacina na Brasilândia, zona norte de São Paulo. Além dos três, a mãe e a irmã de Andreia também foram encontradas mortas em outra casa que fica no mesmo quintal. A polícia investiga o caso, mas há indícios que o garoto tenha atirado nos familiares e depois se suicidado.
Acontece que na ânsia de buscar audiência as grandes emissoras de televisão colocam em campo seu exército de “especialistas” para comentar o assunto e pressupor o que poderia ter acontecido naquela casa. A TV Record e o portal R7, ligados a Igreja Universal do Reino de Deus e tradicional defensora da não comercialização de jogos violentos, correu na frente e começou a “cogitar” que o filho teria cometido esses atos por influencia dos jogos, chegando a citar Assassins Creed.
Veja trecho da matéria do R7 que leva o título “Tímido e apegado à família, menino suspeito de matar os pais gostava de armas e jogos violentos”: … Quando chegava da escola, Marcelo passava horas no computador. No perfil que tinha no Facebook, a foto dele era de um personagem de um jogo de videogame que gostava, que é um dos protagonistas de uma seita de assassinos em busca de vingança, na época da Renascença. O jogo é recomendado para maiores de 18 anos.
O delegado Itagiba Vieira Franco, da Divisão de Homicídios, esteve no local do crime. Ele disse que achou diversas armas de brinquedo e de pressão no quarto do garoto.
— No quarto dele, nós encontramos uma grande quantidade de armas de brinquedo. Ele teve a capacidade, talvez espelhando-se no pai, de montar um colete artesanal, de papelão, tipo escudo do choque. E também um tipo de coldre, de ombro, que ele montou inteiro, com fitas e com papelão, com lugar para pôr a arma…. Integra da matéria aqui.
Na TV Record, desde a manhã de hoje (07/08) um psiquiatra que foi chamado para comentar a matéria repete a cada telejornal da grade que o menino teria sido influenciado pelo jogo, e afirma que o game o afastou da realidade, pois no jogo há sempre a possibilidade de se reviver e que na vida real isso não acontece. Em uma amostra da contradição sobre o assunto, a própria emissora divulgou ontem (06/08) uma matéria em que uma psiquiatra afirma baseada em pesquisas que os jogos violentos não são a causa desse tipo de comportamento.
Sem dúvida, não é a primeira vez que jogos são culpados por crimes violentos cometidos por jovens ou adultos, mas estudos e pesquisas já demonstraram que a acusação é infundada e que a situação é inversa conforme mostra um estudo da Universidade de Villanova, nos Estados Unidos (confira aqui), os jogos são sim uma realidade paralela mas utilizados para aliviar o stress do dia a dia, não é possível culpa-los por atos de pessoas que possuem distúrbios sociais e/ou mentais. O mais estranho em toda essa história é que os filmes e novelas que retratam a violência e comportamentos sociais “desprezíveis” nunca são citados como “causa” das tragédias mesmo chegando a um número maior de residências.
Com bilhões de pessoas no mundo jogando os tais jogos e se comportando de maneira normal, porque a mídia tende a associar mortes violentas aos jogos e não as condições sociais e psicológicas que as pessoas envolvidas em crimes vivem?
Queremos saber a sua opinião. Jogos violentos incitam as pessoas a cometer crimes, e um jovem psicologicamente saudável sabe distinguir o mundo virtual do mundo real?
Por: Lock Gamer / Info: r7
Piada clássica:
Joguei Super Mario e não virei encanador!
Claro que não influencia, jogo FPS a vida toda e não to dando tiro nem faca em ninguém, joguei vários MMORPGs como invocador e não mando minha cadela atacar ninguém.
Mídia manipulada para um caso de queima de arquivo, para mim é apenas isso que resume esse fato!
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