França aprova lei que proíbe produtos “programados para quebrar”

Você já teve a sensação de que os eletrônicos e eletrodomésticos que você compra não duram nada? Já ouviu seus pais e avós dizerem que os produtos de antigamente é que eram bons, feitos para durar muitos anos? E quantas vezes você já se deparou com a velha máquina de lavar ou geladeira da sua avó que ainda está lá inteira enquanto a sua já foi trocadas várias vezes?

Pois parece que isso não é uma “sensação” e nem mesmo uma paranoia dos teóricos da conspiração, a “obsolescência programada”, técnica que limita a vida útil de aparelhos eletrônicos e eletrodomésticos, é um recurso real muito usado pelo setor industrial para forçar consumidores a comprar novos produtos.

Para lutar contra esta prática, a França aprovou recentemente uma lei que pune a obsolescência programada com multas de até € 300 mil (cerca de R$ 1,1 milhão) para as empresas e penas de até dois anos de prisão para os responsáveis.

BSOD_notebookA medida faz parte do projeto de lei da transição energética, que tem como objetivo diminuir as taxas de poluição no país. Segundo o documento, estão comprometidas “todas as técnicas pelas quais uma empresa visa, através da concepção do produto, diminuir “propositalmente” a duração da vida útil ou da utilização potencial de tal produto para aumentar sua taxa de substituição. Estas técnicas podem incluir a introdução voluntária de um defeito, fragilidade, paralisação programada ou prematura, limitação técnica, impossibilidade de reparação ou não compatibilidade”.

A iniciativa, até então inédita na Europa, o problema agora é conseguir provar quando um produto foi intencionalmente modificado para quebrar depois de alguns meses ou anos de uso. A palavra “propositalmente” inscrita no texto gerou críticas por ser aberta a interpretações e também porque pressupõe que o consumidor forneça provas da intenção do fabricante.

O que poderíamos dizer então sobre os curtos ciclos de vida de eletrônicos que se tornam obsoletos quase tão rápido quanto são lançados, evolução da tecnologia ou apenas uma forma de ganhar dinheiro fácil dos consumidores?

Ainda não está claro como será feita a avaliação dos aparelhos, já que a lei foi recentemente aprovada e ainda não houve nenhum caso formalmente aberto.

Você já passou por algum caso de obsolescência programada?

Por: Lock Gamer / Info: Opera Mundi

2 comentários sobre “França aprova lei que proíbe produtos “programados para quebrar”

  1. Esta moda pelo visto jamais chegará por aqui. Uma pena. A economia da república das bananas já é prejudicada por natureza e uma lei como esta sequer chegaria a entrar em votação na câmara.

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