Nós já havíamos confirmado que a GTX 950 estava a caminho desde o último mês mas ainda não havia confirmação oficial, algo que só ocorre hoje com o lançamento da nova placa de vídeo de entrada da Nvidia que vem para concorrer na faixa de mercado mais importante.
“A placa do povo”
Todos os anos nós aguardamos os lançamentos das placas de vídeo “top”, as mais poderosas e também as mais caras, mas não são elas que pagam as contas das fabricantes. Assim como no mercado de veículos, as placas top são os esportivos de luxo, que fazem o nome da marca mas não são os mais vendidos, um papel desempenhado pelos carros “populares”, os mais baratos e econômicos que podem ser comparados as placas de entrada.
A GTX 950 é, talvez, o mais importante lançamento da Nvidia na geração GTX 900 que traz a maior parte dos consumidores as últimas tecnologias e benefícios da arquitetura Maxwell 2.0, tudo isso sendo a mais barata até agora disponível na linha.
Para MOBA e Full HD 1080p
Como a própria Nvidia afirma, as GeForce GTX são projetadas para o público que quer rodar jogos, então a GTX 950 não pode apenas “rodar” os games mais atuais e populares, ela precisa fazer isso melhor do que suas antecessoras e concorrentes.
Para os MOBA sabemos que não é preciso uma GPU tão poderosa para um bom desempenho, por isso a Nvidia aposta em outras áreas onde uma placa de vídeo atual pode ser mais benéfica para o jogador como a diminuição da latência, o tempo de resposta da imagem que faz muita diferença em jogos competitivos como Dota 2 e League of Legends.
É Maxwell mas não é “requentada”
A GTX 750 Ti foi (junto com a GTX 750) a primeira GPU a utilizar a arquitetura Maxwell, ela abriu as portas para a segunda geração que agora equipa toda a linha GTX 900 e apesar de compartilhar várias tecnologias da segunda geração ela não é exatamente igual.
A GPU Maxwell GM 206-250-A1 presente na GTX 950 não é uma versão renomeada da GTX 750 Ti, ela é uma legítima representante da segunda geração de GPUs da arquitetura e na verdade ela está mais para uma GTX 960 “capada” que uma “requentada” da geração anterior.
Uma GTX 960 “menor”
As especificações da GTX 950 deixam claro de onde ela veio, seu chip GM 206-250 é uma variação do GM 206 da GTX 960 com alguns recursos “travados”, o que resulta logicamente em um desempenho um pouco inferior a sua “irmã maior” mas também garante um resultado bem superior a sua antecessora GTX 750 Ti.
Vai ter 2GB e se reclamar vai ter 4GB
No primeiro momento a GTX 950 será vendida apenas em versões 2GB mas mesmo “se não reclamar” teremos uma versão 4GB, algo que ainda não foi revelado abertamente mas que deve acontecer em breve já que a GTX 950 disputa diretamente com a R7 370 que possui versões 4GB.
A memória “extra” pode até parecer um exagero para sua proposta que é rodar jogos em Full HD acima de 30 FPS mas como temos visto nos jogos atuais, a fome de memória de vídeo é cada vez maior e mesmo em 1080p os 2GB começam a mostrar suas limitações.
Menos econômica, mais ainda econômica
Umas das coisas mais assustadoras da GTX 750 Ti é o que ela consegue entregar consumindo uma quantidade de energia ridiculamente baixa, são apenas 60W de TDP. É claro que isso não significa que rodando jogos ela não consumo energia mas é tão pouco que a Nvidia conseguiu lançar um modelo de referência que sequer precisa de um conector de energia PCI. Infelizmente, a façanha não foi repetida na GTX 950 que possui um TDP maior com 90W que ainda é pouco mas o suficiente para precisar de um conector PCI de 6 pinos e um fonte de no mínimo 400 W reais de qualidade.
O resultado do aumento de TDP da GTX 950 em relação a GTX 750 Ti significa que ela tem apenas uma pequena vantagem em relação a R7 370 que tem um TDP maior mas entrega um consumo próximo a GTX 950 com carga total rodando jogos. A GTX 950 continua sendo econômica e eficiente mas perdeu um atrativo em relação a GTX 750 Ti.
“Amiga do verão”
O modelo de referência da GTX 950 possui apenas um fan com dissipadores, um sistema que lembra muito o que vimos na GTX 650 Ti de referência fornecido pela Nvidia. Alguns acham bonito e outros acham feio, nós estamos no segundo grupo e preferimos (visualmente) o corpo de plástico da GTX 960 de referência.
Mas deixando a estética de lado, o sistema da GTX 950 referência é bem eficiente uma vez que consegue manter a GPU em temperaturas baixas que só são alcançadas em modelos com sistemas de refrigeração personalizadas e dois fans da R7 370.
Como a informação é de que não veremos nenhuma GTX 950 sendo vendida com esse sistema de refrigeração devemos esperar um desempenho ainda melhor com os sistemas personalizados das fabricantes com até dois fans ou mesmo com os de apenas uma mas com melhor dissipação, o que é perfeito para um país “fresquinho” como o Brasil.
Finalmente, “SLI para o povo”
Algumas coisas nos fazem sentir saudades da GTX 750 Ti mas a falta de um conector SLI não é uma delas. Com uma placa de vídeo tão versátil quanto a GTX 750 Ti algumas coisas tiveram que ser sacrificadas pela eficiência e pelo preço, o SLI foi uma delas.
Felizmente a GTX 950 traz a possibilidade de combinar duas placas iguais a faixa mais “modesta” dos jogadores que não querem investir milhares de reais em uma GPU. O DirectX 12 que agora entende a memória de suas placas como uma só ao invés de apenas a da principal (duas placas de 4GB no DX 11 são apenas 4GB ao invés de 8GB), torna tudo ainda mais interessante.
Com um baixo consumo de energia, baixa dissipação de calor e um bom ganho em SLI, 2 GTX 950 geram um desempenho próximo a R9 290X e superior a GTX 970. O que vai determinar se ele será mesmo popular ou não é o preço dela e das concorrentes.
PC ou console?
Um dos ponto que a Nvidia tem destacado é a vantagem de optar por uma placa de vídeo de entrada ao invés de um console, para isso ela reforça várias vantagens como maior performance, maior taxa de FPS e o preço da GTX 950 que lá fora custa a partir de US$ 159.
O que tem de novo?
Como já dissemos, a GTX 950 tem alguns recursos extras se comparada a GTX 750 Ti, entre eles está o suporte a SLI. No geral, a GTX 950 traz todos os recursos presentes nas placas da série GTX 900, incluindo as poderosas GTX 980 Ti e GTX Titan X, uma iniciativa da Nvidia para atrair o público de entrada para a nova geração.
Além do SLI, o MFAA (Multi-Frame Sampled Anti-Aliasing) é um recurso interessante da GTX 950 que fornece um aumento de performance em FPS, mantém cantos lisos e de alta qualidade, alternando cálculos de amostra através de cada quadro e cada pixel. Traduzindo, ele fornece a qualidade do MSAA 4X com o custo de desempenho do MSAA 2X.
O recurso Dynamic Super Resolution (DSR) também está disponível e fornece imagens com qualidade até 4K a monitores 1080p para fidelidade e detalhes excepcionais. Também está presente o NVIDIA GPU Boost 2.0 que já conhecemos da geração passada e demais tecnologias como PureVideo HD, Bitstreaming de áudio TrueHD e DTS-HD, e suporte a monitor de alta resolução (4K). Não podemos esquecer do Adaptive Vertical Sync, recurso que permite jogar sem com o Vsync sem perda de desempenho já que o Adaptive desliga o recurso quando há queda de FPS.
Contra quem a GTX 950 “briga”
Lançada para substituir a GTX 750 Ti a GTX 950 possui um desempenho e preço superiores, nesses termos ela se aproxima mais da GTX 760 e também da R7 270X e R9 280, dependendo dos modelos.
Para a geração atual as concorrentes da GTX 950 deve bater de frente com a R7 370 e até R7 380 (dependendo dos modelos e preços) além da própria GTX 960 que tem um desempenho muito próximo e, em alguns casos, um preço próximo já que a GTX 950 é ainda um lançamento.
O GeForce Experience
Com a evolução do hardware e as empresas com produtos tão parecidos em poder de processamento cada vez mais surgem formas de tirar maior proveito daquilo que você comprou. A Nvidia lançou a pouco tempo um aplicativo que reúne uma série de soluções que pode nos ajudar a obter a melhor experiência possível com a placa de vídeo que adquirimos (por isso o nome sugestivo de Geforce Experience), ele traz ideias que prometem mudar a forma como jogamos.
A mais notável das funções é sem dúvida nenhuma a de otimizar os jogos para o seu hardware sem que você precise perder horas seguidas mudando os detalhes do jogo, aumentando ou diminuindo algum filtro e medindo o FPS, o mais legal é que as configurações são sugeridas pela própria Nvidia tem uma equipe trabalhando para testar as mais diversas combinações que possam obter o melhor desempenho com a placa de vídeo que você comprou.
Com o Geforce Experience também é possível gravar vídeos utilizando menos de 10% da capacidade de sua placa de vídeo com o Shadowplay , algo particularmente valioso para quem possui um hardware mais modesto e quer gravar gameplays. Fizemos o teste e o resultado é mesmo surpreendente, é a melhor solução comparado a outros programas como o FRAPS que consome muito mais da GPU e diminui o FPS. Além disso, o Geforce Experiente ajuda a manter seu PC em dia informando e auxiliando na instalação do driver mais recente para sua placa de vídeo, outra função é o streaming com o Nvidia Shield que é feito através do Geforce Experience.
O conceito é interessante por nos proporcionar não apenas o hardware mas nos oferecer a melhor forma de tirar todo o proveito de seu potencial de uma forma simples, o Geforce Experience pode agradar desde os mais avançados aos iniciantes.
“Bônus: Jogando online no PC do amigo”
Junto com o lançamento da GTX 950 veio uma nova versão do GeForce Experience que foi atualizado e apresenta nova funções que tornam o software ainda mais interessantes, entre elas a possibilidade de compartilhar seu jogo com um amigo.
Não é só fazer streaming, transmitir o jogo online. Agora também é possível fazer uma transmissão privada e em tempo real sem o atraso do twitch, o que permite uma “ajuda” do seu amigo mas vai além disso, ele também pode assumir o controle e passar aquela fase para você.
Seu amigo também pode participar de uma partida multiplayer local, só que online (!?!). Mesmo naqueles jogos onde só existe o multiplayer cooperativo local é possível convidar outro jogador para participar via streaming, não só assistindo mas participando da partida.
Os requisitos para transmitir a partida são no mínimo uma GTX 650 (ou superior), um Core i3-2100 3.1 GHz (ou superior), 4GB de RAM e versão 44 do Chrome. Para receber a transmissão não é necessária uma placa de vídeo tão poderosa já que a carga de trabalho está no PC que transmite, por isso apenas os demais requisitos se aplicam.
A parte triste de tudo é que a Nvidia recomenda 7 Mbps de upload para a transmissão e também para quem acompanha o streaming. Os 7 Mbps de download já não são tão raros hoje em dia mas para upload já é bem mais difícil.
A boa notícia é que estes são os requisitos para o “ideal” de 720p e 30 FPS, caso o programa identifique uma conexão inferior de qualquer lado ele ajusta automaticamente a qualidade da transmissão.
Especificações técnicas
Como testamos?
Não testamos seria a resposta correta. Infelizmente não recebemos nossa amostra da GTX 950 a tempo de divulgar o review completo no lançamento, algo que será adicionado posteriormente com os testes com resultados de FPS, temperatura e gameplays como já é costume. Para a ocasião optamos por uma “análise” do produto que conta com os testes divulgados pela própria Nvidia.
Avalie o desempenho
Sempre que analisar um review leve em consideração o foco de produto, se ele é ou não voltado a obter o máximo de desempenho ou se a intenção é equilibrar desempenho e custo. A compra de um hardware deve ser medida pelo conjunto custo x benefício, se a placa de vídeo ou processador em teste não é capaz de executar algum dos jogos testados “no máximo” pode ser possível uma melhora de desempenho desativando algum filtro ou diminuindo a resolução se o seu objetivo é obter um produto mais em conta, mas se está em busca do melhor ele deve ser capaz de executar os jogos com todos os filtros a uma média sempre acima do recomendado. Note que quanto mais desempenho um produto oferece mais caro ele será.
Teste em jogos
Resultados obtidos com o Core i7-5960X, Windows 8.1 64-bit, 355.38 NVIDIA driver e Catalyst 15.7.1 AMD driver.
O que nós achamos, vale a pena comprar?
Mesmo sem termos ainda os testes feitos por nós, com os nossos resultados e números de desempenho podemos avaliar se é um bom negócio comprar a GTX 950. Os resultados apresentados pela Nvidia não fogem muito do que vimos em vários outros sites e fóruns de nossos colegas.
O desempeno é mais próximo a R7 370 do que imaginávamos antes do lançamento mas ainda é superior, assim como é superior ao da GTX 750 Ti. O suporte a SLI e todas as novas tecnologias presentes nas placas de vídeo mais caras da série GTX 900 é um diferencial em relação a concorrente.
Mesmo que ainda consuma mais que a GTX 750 Ti, a GTX 950 ainda é a placa de vídeo mais econômica da geração atual com o TDP mais baixo de todos, algo que fica evidente em iddle mas não faz tanta diferença em consumo máximo durante jogos.
Precisamos dos nossos testes para uma palavra final e para darmos nossos selos de qualidade mas até lá teremos tempo para responder a questão mais importante em relação a GTX 950 e que vai definir se ela será ou não um bom negócio. Com o preço sugerido de R$979,00 a GTX 950 chega custando até R$ 100,00 a mais do que alguns modelos da R7 370 e com preço próximo até mesmo da GTX 960 na casa dos R$ 1.000 nos modelos de referência.
Lá fora o preço da GTX 950 é atraente e deve refletir em uma forte disputa no mercado resultando em boas ofertas aos consumidores mas devido a alta do dólar ela pode custar mais caro que o desejado por aqui.
A GTX 950 é sem dúvida uma ótima opção para quem deseja entrar na nova geração e rodar os jogos mais atuais com alta qualidade em Full HD e representa um marco onde a Nvidia estende a todos o acesso a suas tecnologias presentes nos produtos top de linha.
Pontos positivos:
– Formato compacto.
– Arquitetura de última geração.
– Baixo consumo de energia.
– Suporte a SLI, MFAA e DSR.
Pontos negativos:
– Necessita de conector de energia.
DEIXE A SUA OPINIÃO
Queremos realizar testes que sejam uteis a maioria dos gamers, sejam eles hardcore ou apenas jogadores casuais, por isso precisamos da sua participação para fazer um review que contenha exatamente o que você quer saber sobre o hardware para facilitar na hora da compra ou nas comparações. Deixe sua sugestão, o que você gostaria que aparecesse em nossos testes?
Por: Lock Gamer
Necessitar de um conector de energia não pode ser de fato um fator negativo, visto que ela entrega um potencial excelente para placas gráficas deste porte. Esta placa realmente pode tornar o segmento de entrada ainda mais atrativo do que nunca, visto que o brasileiro aos poucos estão migrando para o Full HD e esta placa tem suporte para esta resolução numa maioria dominante de games exigentes, sempre acima dos 30 quadros.
Vlw pelos reviews e pela análise.
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Galera, o que vcs acham melhor, pegar um i5 4440+GTX 950 ou i5 440+GTX 750Ti.
Ouvi dizer que a 950 foi feita para MOBAS, entao neaae caso, a 750Ti se sairia melhor nos jogos de FPS? Pode haver gargalo em ambas configurações?
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Calma Leandro, você parece ter se confundido um pouco. O i5 4440 é um bom processador para ambas as configurações e não terá gargalo, porém a GTX 750 Ti não se encontra na mesma classe da GTX 950.
A GTX 950 substitui a GTX 760 que está acima em preço e desempenho, como consequência, a GTX 750 Ti perde para a GTX 950 em praticamente todos os jogos, MOBA ou FPS. Repare que os preços também serão diferentes, a GTX 950 custa mais caro pelo seu desempenho e não pelo tipo de jogo que roda.
Pesquise e descubra se o desempenho da GTX 750 Ti é suficiente para o seu uso, afinal ela será mais barata. Caso contrário opte pela GTX 950.
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